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Refúgio Particular

  • Foto do escritor: chagasecassar
    chagasecassar
  • 28 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Assim como a classe média/alta carioca tem suas casas de praia na Região dos Lagos, Região Serrana, ou em Angra dos Reis, muitos portugueses também possuem seus refúgios particulares, normalmente localizados no interior do país. São as famosas "aldeias", pequenos vilarejos onde as famílias surgiram, cresceram e se espalharam pelos rincões de Portugal. Não chega a ser um privilégio de pessoas agraciadas financeiramente, como é o caso do Brasil, mas a atmosfera de pegar o carro e ir se isolar num concelho de centenas de pessoas é similar. Há algumas semanas, fiz essa viagem pela primeira vez, indo visitar a aldeia de Rossas, em Vieira do Minho, local de origem da família Barros, da qual faço parte. Pelas memórias de minha mãe, pensava se tratar de uma fazenda mais rústica, sem acesso a qualquer tipo de modernidade, com terra batida, criação de animais, zero tecnologia etc. Não foi o que presenciei: Rossas se tornou oficialmente um concelho na virada do século, as ruas foram pavimentadas, a maior parte das casas reformada, as opções de lazer aumentaram... Basicamente toda aquela construção imagética bucólica e pastoril que eu tinha na cabeça foi desfeita, muito por conta do turismo na região de Vieira do Minho.  Cachoeiras, rios, lagos, lagoas, praias fluviais, trilhas... Foi fácil entender porque os estrangeiros se encantaram tanto com a região. Um verdadeiro paraíso, de certa forma ainda "escondido", se formos comparar com outros destinos turísticos da Terrinha. Fiz dois passeios incríveis de caiaque, um pelo rio Ave, passando por São Pedro e outro pela Albufeira do Ermal. Para quem não gosta da água congelante das praias do Norte, é um prato cheio, já que a temperatura do rio é natural e casa muito bem com o sol do verão. De volta à casa, a família se reuniu, contou histórias, piadas, fez brincadeiras, tirou fotografias e bebeu cerveja, é claro, apesar de alguns (mais portugueses) preferirem o bom e velho vinho. Aliás, meu tio me contou que, há algumas décadas, a quinta tinha todo o maquinário e equipamento para a produção de bagaço, vinho, leite e carne. Atualmente, apenas o vinho e algumas ovelhas resistiram, enquanto as demais atividades cessaram, ao menos momentaneamente. Antes de dormir, eu e meu primo colhemos algumas uvas americanas na horta, mas eu nem consegui focar muito na missão; havia um céu estrelado incrível nos iluminando, semelhante ao que vi no sul da Bahia. Penso ter visto algumas estrelas cadentes, mas pode ter sido a visão turva causada pelo vinho de Rossas. Tanto faz, valeu cada segundo de estadia naquele pequeno paraíso particular.

Por Gabriel Cassar =)




 
 
 

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